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Setembro Amarelo e a importância de se falar na prevenção do suicídio

O suicídio é a segunda causa mais comum de morte em pessoas com idade de 15 a 29 anos

Por: Redação

No Brasil, o suicídio ocupa o quarto lugar no ranking de causas de mortes mais comuns entre os jovens. Segundo a OMS, o suicídio é a segunda causa mais comum de morte em pessoas com idade de 15 a 29 anos. Só no Brasil, 32 pessoas morrem por dia tirando a própria vida.

Com números tão alarmantes, torna-se importantíssimo um trabalho preventivo, focado no desenvolvimento e potencialização de competências e habilidades socioemocionais, como autoconhecimento, autovalorização, autoestima elevada, amor próprio, superação de ofensas,aprender a trabalhar perdas e frustrações, entre outros temas.

De acordo com a Dra. Loretta Campos, Pediatra pela USP e Educadora Parental pela Discipline Positive Association, a depressão infantil existe sim, e temos visto um aumento enorme de suicídio na faixa etária dos adolescentes e os pais devem ter um olhar mais atento, pois é necessário fazer algumas mudanças em relação a avaliação da dinâmica da criança com a família.

“Normalmente o pediatra percebe que quando a criança está deprimida os sintomas aparecem como uma dor de cabeça, dor na barriga e dores muito frequentes no corpo. Além disso, algumas mudam o seu comportamento tornando-se muito agressivas”, alerta a pediatra.

Muitas vezes a dificuldade que os pais tem de comprovarem o quadro depressivo nos filhos é a dificuldade das crianças e adolescentes de se expressarem, mas é importante destacar que o suicídio é previsível, é uma situação que a gente consegue prevenir. Mas para isso é necessário ter um diagnóstico de um pediatra, para que esse tratamento seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar com psiquiatra e psicólogos.

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A depressão infantil sempre existiu, mas agora estamos abordando sobre este assunto por causa do aumento do suicídio entre crianças de 11 e 12 anos, e uma grande mudança é que a nossa nova realidade da facilidade ao acesso a internet, estimulando a uso precoce das redes sociais, além de brincadeiras como da baleia azul que incentivava o ato suicida.

A criança não tem maturidade para utilizar desses meios digitais que acabam gerando muitas frustrações. E hoje a sociedade vive um grande problema que é a parentalidade distraída, pois existem pais que trabalham o dia inteiro e quando chegam em casa não desfrutam um tempo de qualidade com os seus filhos. “Por isso, é muito importante que exista um momento entre família, mesmo que seja na hora do jantar, assim facilitará a percepção dos pais em alguma atitude ou sintoma anormal dos filhos, facilitando assim um possível diagnóstico de depressão infantil,” finaliza a médica.

Acrescentamos que passeios em meio à natureza melhoram a saúde e bem-estar e viagens em família ajudam a criar vínculos e memórias e podem ser aliados importantes para estabelecer uma comunicação com as crianças e adolescentes. Não perca a nossa entrevista com o especialista em parentalidade, Marcos Piangers

#DicaFamilyTrippers: É importante conhecer o CVV, Centro de Valorização da Vida que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

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