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Geração Alpha: porque ela estará mais preparada financeiramente que as anteriores

Pais millennials afetados pela recessão estão tentando evitar que seus filhos da geração Alfa enfrentem incertezas financeiras

Por: Redação

A recessão econômica das últimas décadas já começou a influenciar a forma como a nova geração está sendo criada, com a preocupação com a segurança financeira de sua prole sendo uma prioridade para pais que não a desfrutaram como esperavam no início de sua vida adulta. Essas crianças fazem parte da Geração Alfa, a geração pós-Geração Z, que engloba aqueles que nasceram a partir de 2013, em sua maioria filhos de millennials.

O assunto virou matéria no portal da revista Fortune, escrita pela editora que é referência no assunto, Hillary Hoffower. Nela, a jornalista se baseia em um relatório da Morning Consult – empresa global de inteligência de negócios, que fornece insights e pesquisas de mercado personalizadas sobre o que as pessoas pensam em tempo real – para afirmar que a grande preocupação com o sucesso financeiro de seus filhos enfrentada pelos millennials é resultado dos efeitos do cenário econômico de recessão que permeou o início de sua carreira e ascensão profissional.

Hoffower aponta que muitos millennials concluíram sua formação durante ou logo após a crise financeira de 2008, o que os fez ter de lutar para se firmar em um mercado de trabalho instável, enquanto lidavam com o aumento dos custos de vida e muitas vezes dívidas estudantis maciças. Quando finalmente começaram a se estabelecer profissionalmente, foram atingidos pela pandemia e por outra recessão, culminando com o processo de recuperação da economia, que fez com que essa geração enfrentasse pela primeira vez em suas vidas adultas uma verdadeira inflação.

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Em resumo, os millennials inesperadamente tiveram uma colina muito mais íngreme para escalar para poderem pagar pelo mesmo estilo de vida que seus pais, da geração Baby Boomer, desfrutaram. Não é à toa que essa geração ficou conhecida por ser aquela em que os filhos seguiram dependendo financeiramente dos pais por mais tempo após adentrar na vida adulta. Muitos tiveram que recorrer a morar na casa dos seus progenitores até seus quase (ou mais de) 30 anos, fosse como forma de esperar atingir um rendimento mensal suficiente para sua própria subsistência ou como forma de viabilizar algumas conquistas, como a compra de um veículo.

É possível deduzir ainda que as inesperadas instabilidades econômicas enfrentadas pelos millennials, que os desiludiram quanto a alcançar objetivos financeiros mais substanciais em sua juventude, tais como aqueles que seus pais conquistaram na mesma idade, influenciou inclusive o estabelecimento de suas metas no início de sua vida adulta. Enquanto os boomers de classe média alta, por exemplo, já em seus 20 e poucos anos priorizavam juntar dinheiro almejando a aquisição da casa própria, muitos de seus filhos deixaram isso de lado nesta mesma fase, por não parecer um sonho viável, e preferiram investir em satisfações de curto prazo, como a realização de viagens internacionais – mesmo que para isso tivessem que se contentar com padrões de hospedagem que seus pais dificilmente cogitaram para si, como os hostels ou albergues da juventude.

Como resultado, não é de se surpreender que muitos millennials tenham recorrido ao planejamento financeiro para garantir que seus filhos estejam mais bem preparados que eles para incertezas financeiras futuras. Esses pais estão tomando medidas para estabelecer uma base sólida de educação financeira, como abrir contas de poupança e discutir com os pequenos alguns conceitos financeiros como orçamento e crédito. “Os pais estão incentivando seus filhos a serem mais independentes financeiramente, mais cedo, como conclui o relatório da Morning Consult.

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