Professores que transformam viagens em oportunidades de aprendizado
Graças a professores inovadores, viagens pessoais e experiências dos alunos se tornam ainda mais enriquecedoras para toda a classe.
Por: Redação
As viagens são um dos momentos mais marcantes na vida das crianças. Elas oferecem a oportunidade de explorar o mundo além dos limites da sala de aula, vivenciar a história, a cultura e a natureza de maneira única. Isso pode ser feito em viagens escolares mas também em viagens de família e, graças a professores inovadores, essas experiências se tornam ainda mais enriquecedoras para toda a classe. Eles criam projetos educacionais que ampliam as fronteiras das viagens privadas dos alunos, transformando essas experiências em oportunidades de aprendizado inesquecíveis para todos. Veja alguns exemplos de ações que foram dadas pelas experiência das famílias de nossa Comunidade viajante:
Aprendizados Culturais
Família 1: “Nós já tivemos uma professora no maternal para quem contamos que tínhamos conhecido os Jardins de Monet durante as férias (em Giverny, na França) e ela pediu fotos, apresentou o pintor, leu trechos do livro “Linéia no Jardim de Monet“, fez a classe inteira pintar os jardins com a ponte, fez exposição…foi lindo!”
Família 2: “”Fomos em maio para o Egito e minha filha contou toda a viagem na sala e levou uma lembrancinha para o professor. Agora em setembro começou o novo ano letivo e é o mesmo professor! Ele começou a ensinar sobre o Egito Antigo (equivalente ao 2o ano, só descoberta mesmo, não é aula de história) e pediu para a minha filha falar sobre as pirâmides e os deuses e levou o presente para ilustrar as aulas. Então, além de valorizar o conhecimento dela, tenho certeza que ele se inspirou na viagem para ter essa ideia.
Família 3: “Aqui tenho 2 filhos, atualmente com 13 e 9 anos. Eles já foram a Portugal várias vezes, pois minha irmã mora lá. Então, dependendo do que estão aprendendo na escola, acabam emprestando materiais para as professoras: já enviamos fotos e vídeos sobre o Padrão dos Descobrimentos, de onde partiram as caravelas de Cabral, da cidade e do castelo Belmonte, onde viveu Pedro Álvares Cabral e este ano, na aula de geografia da menor, estudaram o assunto relevos e enviamos fotos da região do Douro Vinhateiro para mostrar o relevo em terraços ou Socalcos.
Despertando a Curiosidade e a Aprendizagem
Família 4: “Minha filha tem 11 anos, quando estudou geografia sobre os vulcões, levou para o colégio as fotos do Vesúvio e de Pompéia. Foi bem legal, os colegas gostaram de verem as fotos dela no local e até uma pedacinho de rocha de Pompéia que ela levou para a aula”
Família 5: “Após a viagem para a Amazônia, as meninas fizeram uma apresentação para uma classe de alfabetização, com fotos, objetos trazidos de lá, sarabatana, coquinhos onde ficam os vermes que são comidos por indígenas, garrafinha com água do Rio Negro…”
Família 6: “Quando meu caçula estava no infantil, eles trabalharam um projeto sobre coleções. E cada criança levava uma ou mais coleções que a família fazia. Meu filho levou a coleção “Lembranças de viagens“. A gente sempre compra uma lembrancinha nas nossas viagens e deixamos enfeitando a sala. Junto, enviei algumas fotos de cada lugar. A professora pegou um mapa e as crianças foram encontrando os lugares. Eles também foram falando sobre esses lugares, se também conheciam, o que lembravam ou outros por quais haviam viajado…”
Família 7: “Quando estávamos para ir embora do Brasil, a escola que meu filho estudava antecipou um projeto, para que a mudança dele fosse mais fácil. O projeto era Crianças pelo Mundo: como eram as crianças de diferentes países, as comidas, brincadeiras, roupas, etc. Como a professora sabia que iríamos para China, meu filho e o coleguinha fizeram uma apresentação com ela.”
Aprendizado Global
Família 8: “Na escola dos meus filhos tinha um programa muito bacana na primeira série, chamado “Flat Stanley”. Baseado em um livro que conta a história de um menino que virou um boneco de papel. É um projeto que teve origem no Canadá, em 1995. As crianças criam seus bonecos e precisam enviar pelo correio para algum conhecido que more em outra cidade. A pessoa que hospeda o boneco deve “passear” com ele, tirar fotos, e depois enviar novamente para a criança com uma carta contando as aventuras do boneco. É muito interessante! Principalmente porque toda a sala “viaja” por lugares diferentes, além, obviamente, de exercitar vários conteúdos.
O boneco do meu filho viajou para Detroit em 2009, e o da minha filha, para Belo Horizonte, em 2012.
Desafios e Oportunidades
Uma professora do grupo também se expressou e é interessante ter a visão dela: “Como professora, sempre mando antes de trabalhar algum tema/unidade, um comunicado aos pais explicando o que vamos trabalhar naquele período e com algumas sugestões de como eles podem contribuir/expandir os temas.
Uma das sugestões que sempre damos é: caso tenham viajado, etc, e queiram compartilhar a experiência enviando fotos, relatos, ou mesmo vindo à escola contar, são sempre bem-vindos. Sempre funciona.
As viagens não são mais apenas passeios, mas sim oportunidades de aprendizado significativo, interdisciplinar e global, onde crianças e alunos têm a chance de expandir suas perspectivas e ganhar uma compreensão mais profunda do mundo em que vivem. Através do comprometimento e criatividade dos educadores, essas viagens são mais do que meras férias – são janelas para o futuro.
#DicaFamilyTrippers: Escolher os destinos em função da matriz escolar