Family Trip Magazine

Economizar evitando a taxa de escolha de assento: é uma boa ideia?

Famílias buscam economizar ao evitar a taxa de escolha de assento, mas o risco de acabar sentado longe dos filhos durante o voo pode comprometer a tranquilidade da viagem

Por: Redação

No planejamento de uma viagem em família, o orçamento é sempre um fator importante. Em busca de economias, muitos pais evitam pagar a taxa de reserva de assento, esperando que a companhia aérea realoque todos os membros da família juntos no momento do embarque. Essa prática se tornou comum, especialmente com o aumento das cobranças por serviços adicionais, mas será que o risco de acabar sentado longe dos filhos compensa a economia imediata?

A realidade dos voos lotados e as taxas de assento 

Nos últimos anos, as companhias aéreas adotaram a prática de vender separadamente diversos serviços que antes estavam inclusos no preço das passagens. Uma dessas taxas adicionais é a de escolha antecipada de assento. Embora o valor pareça um gasto dispensável para algumas famílias, ele oferece a garantia de que todos ficarão juntos durante o voo. Evitar essa taxa significa confiar na reorganização espontânea dos lugares durante o check-in ou até mesmo no momento do embarque.

Entretanto, os voos estão cada vez mais cheios, e a distribuição de poltronas sem custo se torna cada vez mais limitada. A prioridade para a escolha gratuita de lugares é geralmente dada aos passageiros que fazem o check-in mais cedo, deixando os retardatários com menos opções. Para famílias que decidem esperar, o risco de serem separados durante o voo é real, especialmente em voos internacionais ou muito concorridos, como aqueles que acontecem em períodos de férias escolares.

Em muitas situações, as companhias aéreas tentam acomodar crianças pequenas perto dos pais, mas isso nem sempre acontece. Além disso, para famílias maiores, garantir que todos fiquem juntos pode ser mais complicado, pois a configuração dos assentos disponíveis pode não permitir essa proximidade.

O impacto de viajar separado

A decisão de evitar pagar pela escolha de assentos pode parecer uma economia de curto prazo, mas seus efeitos podem ser sentidos de maneira significativa durante o voo. Crianças pequenas podem ficar separadas dos pais por várias fileiras de distância, o que pode gerar desconforto durante o voo. Mesmo crianças mais crescidas, como pré-adolescentes ou adolescentes, podem sentir desconforto ao serem obrigadas a viajar longe de seus responsáveis, especialmente se estiverem em um ambiente desconhecido ou em um país estrangeiro.

Há também o impacto emocional e prático dessa separação. Crianças menores podem precisar de cuidados constantes durante o voo, como ajuda para comer, ir ao banheiro ou até mesmo para lidar com a ansiedade ou o desconforto de estar em um avião. Mesmo que estejam acompanhadas de outros passageiros, não há garantias de que a pessoa sentada ao lado será compreensiva ou prestativa nessas situações.

Para os pais, essa separação pode significar um voo cheio de tensão e preocupações. Além do estresse natural de organizar a logística de uma viagem, há a preocupação constante com o bem-estar dos filhos. Isso sem mencionar o desconforto de tentar negociar trocas de poltrona com outros passageiros, o que nem sempre é bem recebido.

Voos internacionais e longos: um cenário ainda mais desafiador

Quando se trata de voos internacionais ou viagens de longa duração, o desafio de viajar separado se torna ainda maior. Nessas ocasiões, o tempo a bordo pode ser de várias horas, tornando a proximidade dos pais e filhos ainda mais importante. Além disso, em voos com escalas ou conexões, o risco de separação entre os membros da família pode ser amplificado, já que diferentes segmentos da viagem podem ter diferentes configurações de poltrona.

Em situações como essas, o custo de reservar os assentos antecipadamente pode ser considerado um investimento na tranquilidade de toda a família. Imagine atravessar um oceano em um voo de 10 horas com crianças sentadas longe dos pais. O desconforto e a insegurança podem ser tão grandes que prejudicam não só o voo, mas o início da viagem como um todo.

Além disso, em viagens internacionais, onde o idioma e a cultura podem ser diferentes, é natural que crianças e adolescentes dependam mais de seus pais para se sentirem seguros e confortáveis. A proximidade física ajuda a reduzir a ansiedade e a tornar a experiência de viagem mais agradável para todos.

A incerteza de depender de trocas de assentos

Muitas famílias que evitam pagar a taxa de escolha de assento contam com a boa vontade de outros passageiros ou da tripulação para reorganizar os lugares no embarque. No entanto, depender dessa estratégia pode ser arriscado. Nem sempre os voos têm lugares disponíveis para troca, e há casos em que os passageiros preferem manter seus lugares, especialmente se pagaram por eles ou têm preferências específicas de lugar, como janelas ou corredores.

Ao evitar a taxa de escolha antecipada de poltronas, as famílias se expõem à incerteza e ao risco de passar por uma situação estressante no momento do embarque. Em alguns casos, a tripulação pode ajudar, mas é importante lembrar que essa reorganização não é garantida e depende das circunstâncias de cada voo. Voos lotados ou de alta demanda têm menos flexibilidade para essas trocas, aumentando as chances de que a família acabe viajando separada.

A economia compensa?

É verdade que a escolha antecipada de assentos é mais um custo a ser adicionado ao preço das passagens, e em algumas situações, como voos curtos ou em horários de menor demanda, a economia pode fazer sentido. Mas é importante considerar o contexto. Para voos longos, internacionais ou durante as férias, o valor adicional da reserva de lugares pode valer a pena para garantir uma experiência mais tranquila e organizada.

Afinal, o objetivo de uma viagem em família é aproveitar o tempo juntos, desde o momento em que se entra no avião. Lidar com a incerteza e o estresse de tentar reorganizar os lugares no último minuto pode comprometer o início da viagem e criar um clima de tensão que poderia ter sido evitado com um pequeno investimento.

Avaliar o que é melhor para a sua família

No final, a decisão de pagar ou não pela escolha antecipada de assentos depende das prioridades e circunstâncias de cada família. Para quem está disposto a arriscar e voar sem garantir as poltronas com antecedência, pode ser que a economia compense, especialmente em voos curtos. No entanto, para quem prefere evitar qualquer possibilidade de estresse, o valor investido na reserva de lugares pode trazer mais tranquilidade e segurança, garantindo que todos viajem juntos.

Avaliar o tipo de voo, o tempo de duração, a idade das crianças e a configuração da aeronave são fatores essenciais para tomar essa decisão. O importante é que a experiência de viagem seja positiva para todos, e garantir lugares juntos pode ser uma maneira de assegurar que a aventura em família comece com o pé direito — ou, nesse caso, no assento certo.

Gate

Ele adora levar eletrônicos para a viagem: celular, drone, máquina fotográfica, carregadores,..

Fly

Ela é apaixonada pelo mochilão de viagem colorido, mas adora também outros acessórios 

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