
- SAÚDE EM DIA
Carga mental e o direito ao descanso: por que as mães também merecem viajar com leveza
Para que a viagem em família seja leve, o cuidado com as mães precisa ser prioridade, desde a organização até o retorno
Por: Gabriela Pisati Landi
“A carga mental é o que nos faz dormir exaustas e acordar cansadas. É pensar em tudo, o tempo todo, mesmo quando não estamos fazendo nada.”
— Vanessa Zanello, psicóloga e pesquisadora francesa que popularizou o termo.
Você provavelmente já ouviu a expressão, talvez até a tenha usado em tom de brincadeira — mas a carga mental é coisa séria. Invisível, silenciosa e persistente, ela acompanha milhares de mulheres no mundo todo, principalmente as que assumem, voluntária ou involuntariamente, o papel de cuidadoras principais dentro das famílias. Vale lançar um olhar atento a esse acúmulo cotidiano de tarefas e expectativas — e ao impacto que ele tem até mesmo em momentos que deveriam ser de descanso e prazer.
Planejar uma viagem, por exemplo, é para muitas mulheres uma atividade que soa promissora: a chance de sair da rotina, aproveitar os filhos, recarregar as energias. Mas, na prática, o que acontece com frequência é o oposto. Quem vai levar o protetor solar? Como organizar as malas? Será que o hotel é seguro? E a comida, vai agradar às crianças? Vai ter Wi-Fi? Qual o melhor transfer? São tantas perguntas, planilhas, listas e preocupações, que o período pré-viagem já começa com uma exaustão acumulada — e o tempo fora vira apenas uma continuação da rotina, com outra paisagem ao fundo.
Esse não é um problema individual. É estrutural. Mesmo quando a viagem é pensada em família, mesmo quando existe divisão prática de tarefas, a carga de coordenar mentalmente tudo ainda recai, em sua maioria, sobre as mulheres. E embora seja possível delegar a execução, a supervisão e o planejamento costumam permanecer com elas.

Cuidar de quem cuida: um novo olhar sobre o descanso
Na Family Trip Magazine, acreditamos que viajar não deveria ser só sobre escolher um destino bonito. Deveria ser, acima de tudo, sobre criar espaço para o encontro: com os filhos, com o parceiro, com a natureza e — por que não? — com a própria mulher que existe para além da maternidade.
É por isso que cada vez mais famílias têm buscado o suporte de agências especializadas, como a Viajar com Crianças e a Viajar com Adolescentes, que nasceram justamente do desejo de oferecer uma experiência completa, cuidadosa e respeitosa com todos os membros da família.
O roteiro parte de escuta, e não de fórmulas prontas. A curadoria inclui desde a escolha do hotel certo até sugestões de experiências com significado. O suporte acompanha desde o pré-embarque até o retorno. O resultado é uma viagem que permite descanso real, conexão genuína e espaço para o que importa: estar junto, sem sobrecarga.
Para quem vai planejar por conta própria: algumas sugestões práticas
Claro que nem sempre é possível contratar uma agência. E sabemos que, mesmo com todo o planejamento, a logística familiar tende a ser intensa. Mas alguns cuidados podem ajudar a tornar a viagem mais leve — especialmente para as mães:
- Delegue com clareza: não basta pedir ajuda. Distribua responsabilidades com antecedência. Alguém cuida dos documentos, outro das reservas, outro das malas.
- Inclua momentos para si: uma hora de leitura sozinha, uma massagem, uma caminhada em silêncio. Mesmo em família, você pode (e deve) se priorizar.
- Adapte expectativas: a viagem perfeita não é aquela em que tudo dá certo, mas aquela em que todos se sentem bem. Abrace os imprevistos.
- Evite acúmulo antes da viagem: não deixe toda a organização para a véspera. Antecipe listas, compre o que for preciso aos poucos e envolva as crianças no processo.
Crie pausas reais: não preencha o roteiro com atividades o tempo todo. O descanso também precisa caber no planejamento.

O descanso das mães é um cuidado com toda a família
Como lembra a escritora americana Anne Lamott, “quase tudo funcionará novamente se você desligar por alguns minutos — inclusive você.” E isso vale também para as mães.
A carga mental não desaparece sozinha. Para que ela se alivie, é preciso que o entorno mude, que a dinâmica familiar evolua e que a forma de organizar o descanso também seja repensada. Viajar com leveza é um direito — e um gesto de cuidado que, quando direcionado às mães, beneficia toda a família.
Nosso convite é esse: que as mulheres sejam lembradas não apenas com flores ou homenagens, mas com espaço, escuta e ações concretas que possibilitem um descanso verdadeiro. Que o tempo fora da rotina seja, também, um tempo dentro de si.
Dicas da Família Way do que não pode faltar na mala
Gate
le adora levar eletrônicos para a viagem: celular, drone, máquina fotográfica, carregadores,..
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Ela é apaixonada pelo mochilão de viagem colorido, mas adora também outros acessórios
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Hope
Nick
O Nick precisa da caixa transportadora, da coleira prática, da garrafa para beber água