Em busca de um carro por assinatura? Confira dicas para não errar na escolha do plano

A assinatura de veículos vem crescendo exponencialmente no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), o segmento registrou um aumento de 31,2% de 2022 para 2023, ao passo que a locação de curto prazo cresceu 3,83%. Ainda, segundo o relatório Data Bridge Market Research, o mercado global de assinatura de veículos deve atingir US$ 12,2 milhões até 2028, com um crescimento anual estimado em 14%. A modalidade ainda ganha novo impulso visto que o Brasil é o quinto país mais caro para compra e manutenção de carros zero-quilômetro, com as despesas impactando 441,89% da renda média do brasileiro (dados de um estudo um estudo realizado em 2021  pela consultoria britânica Scrap Car Comparison). 

O serviço de assinatura, que já era oferecido por locadoras há alguns anos, tornou-se ainda mais popular com a entrada de fabricantes na modalidade. Com vantagens atraentes, como inclusão de seguro, IPVA, manutenção e licenciamento, o carro por assinatura possui uma mensalidade fixa, sem a necessidade de enfrentar a burocracia da compra de um carro novo e sem se preocupar com a sua desvalorização.

Como funciona na prática a contratação de um carro por assinatura? 

Os planos a partir de 12 meses presumem uma franquia de quilometragem. Quanto maior o tempo de contrato, menor a mensalidade. O valor mensal da assinatura engloba documentação, manutenções preventivas e de desgaste, impostos, emplacamento, seguro e ainda assistência 24h da empresa. Todavia, cabe destacar que, além da mensalidade, o motorista terá os gastos básicos inerentes ao carro, como combustível, troca de óleo, estacionamento, lavagem, pedágios e, eventualmente, alguma avaria que possa ocorrer.

Segundo a gerente comercial da empresa de mobilidade urbana V1, Caroline Milanez, a assinatura de carros é um serviço totalmente personalizado que ainda oportuniza ao motorista adquirir um carro superior do que ele conseguiria arcar se comprasse integralmente. “Hoje nós disponibilizamos sete modelos de carros para assinatura, de hatchs a SUVs. E caso o carro que o cliente procura não esteja no nosso portfólio, podemos pesquisar, precificar e adquirir o modelo em questão, viabilizando uma aquisição personalizada”, explica. 

O V1 possui franquias disponíveis de 500, 1.000, 1.500 e 2.000 quilômetros por mês. “É importante estimar quantos quilômetros a pessoa roda mensalmente. Esta informação é fundamental para escolher a franquia do plano, já que as necessidades são muito particulares. Tem pessoas que usam o carro para ida e volta ao trabalho, outras somente para passeio, levar filhos na escola, como o segundo carro para a família ou o primeiro carro para o filho, pessoas que venderam o carro próprio e identificaram que o carro por assinatura é mais vantajoso para o orçamento”, relata alguns dos casos frequentes dos clientes. Na ponta do lápis, Caroline compartilha alguns cálculos para determinar a quilometragem correta para a contratação do plano correto: “Se a distância entre a residência e o trabalho é de 11 km, a ida e volta somarão 22 km, totalizando 110 km por semana e 440 km ao mês. Se o veículo for utilizado também aos fins de semana, esta conta também precisa ser aferida. Estimando 100 km por fim de semana, a conta final é de 840 km/mês. Recomendamos que sejam considerados alguns quilômetros excedentes, garantindo mais liberdade no uso, um passeio com a família e uma viagem inesperada. Desta forma, o plano ideal é acima de 1.000 km/mês”, detalha. 

Além de calcular quanto “rodará” por mês, é importante que o cliente analise qual o plano que melhor se encaixa em sua necessidade, equiparando quilometragem por mês e quanto tempo pretende ficar com o carro (12, 18 ou 24 meses). “Com a escolha do plano mais longo, o cliente consegue se planejar melhor financeiramente, sabendo exatamente quais serão seus custos com o carro. Temos clientes que preferem fazer planos mais curtos porque não gostam de ter dívidas longas ou porque necessitam do carro por um período mais curto ou estão apenas conhecendo a modalidade ainda”, descreve Caroline.