
- INSPIRAÇÃO DE VIAGEM | DESTINO INUSITADO
Países Nórdicos: quando o verão e o inverno criam duas viagens diferentes
As estações transformam o norte da Europa em dois mundos distintos oferecendo às famílias experiências tão contrastantes quanto inesquecíveis
Por: Caroline Sundfeld
Viajar para os países nórdicos com crianças significa descobrir destinos onde a infância é respeitada e a natureza integra o dia a dia das famílias. Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Islândia formam uma região que combina segurança, infraestrutura bem planejada e paisagens que alternam entre fiordes, auroras boreais, vilarejos na neve e a casa oficial do Papai Noel.
A grande surpresa dos países nórdicos está na diferença entre as estações. Uma família que viaja no verão vive uma experiência completamente distinta da que viaja no inverno. Não se trata somente de temperatura, já que cada época oferece atividades, paisagens e ritmos próprios que definem o caráter da viagem.
Verão: dias que não terminam
Entre junho e setembro, os países nórdicos mostram uma face que surpreende quem os associa só ao frio. Em maio, o sol nasce às 4 horas da manhã e se põe às 22 horas, criando jornadas longas que permitem às famílias explorarem sem pressa.
As temperaturas ficam entre 15 °C e 25 °C, confortáveis para caminhadas pelos fiordes noruegueses, passeios de barco pelos arquipélagos suecos ou pedaladas pelos parques de Copenhague. O verão é alta temporada, com museus funcionando em horário estendido, festivais de rua e uma atmosfera social mais intensa.
Para crianças acostumadas ao calor brasileiro, o clima ameno do verão nórdico facilita atividades ao ar livre sem o cansaço do calor extremo. Os pais podem planejar roteiros mais longos, sabendo que as condições climáticas favorecem deslocamentos e explorações urbanas.
Restaurantes funcionam até tarde, oferecendo jantares ao ar livre quando o sol ainda brilha no céu. Muitos estabelecimentos ampliam seus menus infantis durante a temporada, aproveitando ingredientes frescos locais.
Inverno: o Reino da neve e das luzes
De dezembro a março, a mesma região se transforma. O sol aparece somente entre 9h e 15h, criando dias curtos e noites longas que proporcionam experiências impossíveis de replicar em outras épocas.
O inverno nórdico oferece às famílias contato com fenômenos que não existem em nosso país: neve que se acumula por meses, lagos congelados que viram estradas temporárias e, principalmente, as auroras boreais que dançam no céu durante as madrugadas escuras.
As atividades se adaptam ao frio e à escuridão. Passeios de trenó puxado por cães husky, condução de snowmobiles em trilhas geladas e a visita à vila do Papai Noel em Rovaniemi, na Finlândia, criam memórias dessa época.
Para crianças brasileiras, cada elemento do inverno nórdico representa uma descoberta: a textura da neve, o barulho que ela faz ao ser pisoteada, o vapor que sai da boca no frio intenso. Em Rovaniemi, no Parque dos Huskies, os cães ficam soltos e as crianças podem interagir diretamente com eles, muitos aceitam carinho e brincadeiras.
Cada país tem suas particularidades
Noruega: fiordes e montanhas

A Noruega impressiona pelas formações geológicas. Os fiordes, que são vales inundados pelo mar, criam paisagens onde montanhas emergem diretamente da água. No verão, navegações familiares percorrem essas rotas com segurança. No inverno, as mesmas montanhas se cobrem de neve, transformando-se em cenário para esportes sazonais.
Oslo combina museus que contam a história viking de forma interativa com parques urbanos onde crianças brincam enquanto os pais observam a arquitetura local. A capital norueguesa funciona como base para famílias que querem equilibrar cultura urbana com natureza.
Finlândia: florestas e tradições

A Finlândia abriga 450 mil lagos e extensas florestas de pinheiros. O país mantém tradições que as crianças podem vivenciar, como as saunas — parte fundamental da cultura local — e atividades rurais que conectam as famílias com o estilo de vida finlandês.
Rovaniemi, na Lapônia, funciona como centro mundial do Natal. Lá, as crianças encontram renas, participam de atividades na neve e conhecem a estrutura montada ao redor da figura do Papai Noel. A cidade oferece essa programação durante todo o ano, não somente no período natalino.
Islândia: atividade vulcânica e paisagens lunares

A Islândia surpreende pelas paisagens criadas por atividade vulcânica. Com mais de 200 vulcões ativos, o país oferece gêiseres, piscinas termais naturais e formações rochosas que parecem de outro planeta.
As crianças podem observar fenômenos geológicos raros, como gêiseres que expelem água quente a dezenas de metros de altura. As piscinas termais, aquecidas naturalmente pelo calor da terra, permitem banhos ao ar livre mesmo quando neva.
Suécia: arquipélago e design

Estocolmo se espalha por 14 ilhas conectadas por 53 pontes e ferries. A capital sueca oferece museus adaptados para famílias, como o Museu Vasa, onde um navio do século XVII se mantém intacto após séculos submerso.
O interior sueco preserva vilarejos rurais onde as famílias podem experimentar atividades agrícolas tradicionais e aprender sobre práticas sustentáveis integradas ao cotidiano local.
Dinamarca: história e funcionalidade

A Dinamarca, terra de Hans Christian Andersen, famoso escritor infantil, mantém castelos, canais e o parque Tivoli, que desde 1843 diverte famílias de várias gerações. Copenhague funciona como introdução aos países nórdicos para famílias que viajam pela primeira vez na região.
O design dinamarquês, conhecido pela funcionalidade sem excessos, aparece na infraestrutura turística, facilitando deslocamentos e estadias para pais que viajam com crianças.
Planejamento prático
A escolha entre verão e inverno depende das preferências familiares. O verão favorece quem prefere atividades ao ar livre prolongadas, explorações urbanas extensas e horários flexíveis. O inverno atende famílias que buscam experiências sazonais específicas, como esportes na neve e observação de auroras boreais.
A viagem funciona melhor para crianças a partir de 8 anos, idade em que conseguem aproveitar caminhadas mais longas, compreender explicações em museus e se interessar pelas diferenças culturais da região.
Infraestrutura familiar
Todos os países nórdicos têm infraestrutura pensada para famílias. O transporte público funciona com horários regulares, há sinalização em inglês e a população fala o idioma fluentemente. Com inglês básico, as famílias conseguem se comunicar sem dificuldades.
Os hotéis oferecem quartos familiares e as atrações turísticas disponibilizam atividades para diferentes idades. Muitos estabelecimentos emprestam equipamentos como carrinhos de bebê e cadeirinhas, reduzindo o que as famílias precisam carregar.

O retorno da viagem e as lições aprendidas
A região permite às famílias observar como outros países organizam sociedades que priorizam bem-estar, sustentabilidade e qualidade de vida. As crianças veem sistemas de transporte limpos, cidades organizadas e populações que respeitam espaços comuns.
Parques públicos bem cuidados, bibliotecas com espaços infantis e museus que estimulam a interação mostram como investimento em infraestrutura familiar funciona na prática. As crianças retornam com referências diferentes sobre organização social e cuidado ambiental.
Famílias que visitam os países nórdicos voltam com perspectivas ampliadas sobre estilos de vida alternativos. As crianças comparam o que viram com sua realidade, desenvolvendo senso crítico sobre organização urbana, preservação ambiental e convivência social.
A viagem também oferece aos pais momentos de desaceleração forçada. O ritmo nórdico cria oportunidades para conversas familiares e atividades compartilhadas sem a pressão do tempo limitado.
Os países nórdicos funcionam como um lugar onde as famílias podem experimentar ritmos diferentes, observar outros valores e construir memórias em cenários que alternam entre a claridade infinita do verão e a escuridão mágica do inverno.
Dicas da Família Way do que não pode faltar na mala
Gate
le adora levar eletrônicos para a viagem: celular, drone, máquina fotográfica, carregadores,..
Fly
Ela é apaixonada pelo mochilão de viagem colorido, mas adora também outros acessórios
Trip
Hope
Nick
O Nick precisa da caixa transportadora, da coleira prática, da garrafa para beber água