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Roupas com proteção UV realmente funcionam?

Descubra se a tecnologia dos tecidos que bloqueiam os raios ultravioleta é o bastante para proteger a sua família dos efeitos nocivos do sol

Por: Redação

Com os buracos na camada de ozônio e a crescente preocupação com relação aos efeitos nocivos da radiação ultravioleta, os seres humanos vêm buscando cada vez mais formas de proteger a sua pele ao se expor ao sol. Assim foram desenvolvidas as roupas com proteção UV, que se tornaram populares principalmente junto a pessoas que praticam esportes e a crianças, uma vez que elas dificilmente ficam paradas por tempo suficiente para a aplicação adequada do protetor solar. Mas muitos ainda se perguntam se roupa com proteção solar funciona realmente. Para responder a essa pergunta, vale começar pela origem dessa tecnologia.

Os tecidos que bloqueiam os raios UV foram desenvolvidos a partir de pesquisas realizadas nos anos 80 por ninguém menos que a NASA. A agência espacial americana buscava materiais que protegessem os astronautas da radiação solar durante as missões espaciais. Com o tempo, os tecidos de proteção solar foram aprimorados e passaram a ser utilizados também na indústria têxtil para a confecção de roupas comerciais.

Os primeiros tecidos com proteção UV voltados para o público geral foram desenvolvidos na década de 1990, na Austrália, em resposta à alta incidência de câncer de pele no país. A partir daí, a tecnologia foi sendo popularizada e hoje em dia é possível encontrar uma variedade de vestimentas e acessórios com proteção solar pelo mundo todo.

A principal norma que quantifica o nível de proteção oferecido pelas roupas é a Norma Australiana AS/NZS 4399:1996. No Brasil, não há uma regulamentação oficial específica para roupas com proteção UV, de forma que muitas empresas têxteis brasileiras utilizam a norma australiana como referência. Além disso, o INMETRO publicou uma portaria em 2010 que estabelece os requisitos para a certificação de tecidos com propriedades de proteção UV.

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Mas afinal, qual a porcentagem de raios UV que um tecido é capaz de filtrar? Depende do tipo de tecido e da densidade da trama. Segundo a Norma Australiana AS/NZS 4399:1996, um tecido deve filtrar pelo menos 95% dos raios UVB e 98% dos UVA para ser considerado de proteção solar eficaz.

Os tecidos com diferentes FPU (Fator de Proteção Ultravioleta) oferecem diferentes níveis de bloqueio dos raios UV. O FPU é uma medida da capacidade do tecido em bloquear os raios UV. Quanto maior o FPU, maior a proteção oferecida. Como parâmetro, um tecido com FPU 50+ bloqueia 98% dos raios UVB e 95% dos raios UVA. Isso significa que a pessoa que usa esse tecido fica exposta a apenas 2% dos raios UVB e 5% dos raios UVA. Por isso, uma roupa com FPU 50+ é considerada muito eficaz na proteção solar.

Os chapéus com proteção UV também são uma boa opção para ajudar a proteger o rosto e o pescoço. Mas vale notar que eles não oferecem proteção tão completa como as roupas. Isso ocorre porque, mesmo que estas partes do corpo fiquem aparentemente sob a sombra do chapéu, os raios UV podem refletir em superfícies como areia, água e concreto, atingindo a pele de maneiras inesperadas. Além disso, o tecido do chapéu pode se mover ou se deslocar, deixando áreas vulneráveis ​​expostas aos raios UV.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia é favorável ao uso de roupas e acessórios com proteção UV como medida complementar à aplicação regular do protetor solar. É importante ressaltar que o uso de nenhuma roupa ou acessório com alta proteção UV dispensa o protetor solar em loção, creme ou bastão, que idealmente deve ser reaplicado a cada duas horas ou após se molhar. Mesmo com a pele coberta pela roupa, algumas áreas ainda ficam expostas, como mãos e pés. Além disso, a proteção oferecida pelo tecido pode diminuir ao longo do tempo, devido ao desgaste natural ou a lavagens inadequadas.

Em geral, as roupas com proteção UV não têm um prazo de validade específico, mas recomenda-se substituí-las quando houver desgaste visível ou perda de elasticidade no tecido. A proteção oferecida por elas pode ser afetada por fatores como a exposição ao cloro da piscina, o uso de amaciantes e ao atrito. Por isso, recomenda-se lavar as roupas com proteção UV à mão ou em ciclo suave na máquina de lavar, somente com sabão neutro, e deixá-las secar à sombra.

A frequência com que as roupas com proteção UV devem ser substituídas pode variar dependendo da frequência de uso e dos cuidados tomados na manutenção. Em geral, elas podem durar cerca de dois anos ou mais se forem bem cuidadas e usadas com moderação. Caso sejam usadas com frequência, especialmente durante atividades ao ar livre ou em ambientes com alta exposição ao sol, recomenda-se substituí-las mais cedo.

Os dermatologistas também são categóricos ao afirmar que para se proteger dos efeitos nocivos do sol uma das principais estratégias é evitar a exposição nos horários de pico, que é quando a radiação solar é mais intensa, geralmente entre as 10h e 16h.

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