Family Trip Magazine

Voltar aos mesmos lugares ou arriscar-se em novas aventuras?

O que é melhor? Veja o que há de mais vantajoso em sua escolha de férias em família

Por Ronny Hein

O bom é que é sempre assim: ao fim de cada viagem vem a hora de planejar a próxima. Se incluir toda a família, então, melhor ainda. Todo mundo debatendo seus próprios anseios e aspirações para a jornada seguinte, dentro das balizas da realidade econômica. 

Para onde? Quando? É a questão mais debatida. Experimentar um destino novo ou repetir viagens que foram um sucesso? Quem tem casa de praia ou campo ou crush por um lugar especial, tende a optar pelas boas emoções já vividas. E não há nada de errado com isso, ainda mais se é a família que mantém o lugar de férias, com as despesas de manutenção – reformas, pintura, caseiro, troca de equipamentos – impelindo ao uso do imóvel. 

E se essa fórmula gera apego e certeza do que está por vir, ela produz, paradoxalmente, uma certa obrigação de repisar sempre o mesmo caminho, com poucas chances de viver novas sensações.

O problema, nesses casos, é que a vida é curta para tanto mundo que temos ao redor. Explorar esse planeta que temos em nosso quintal é, também, fazer crescer o conhecimento, diminuir os preconceitos e espantar-se, o tempo todo, com a diversidade de regiões, suas questões ambientais, sociais e cotidianas.

De forma geral, quem parte para uma nova experiência, seja em viagem ao exterior ou em aventura pelos ecossistemas brasileiros, tem sempre muito a ganhar. A começar pela obrigação de ler e organizar-se antecipadamente, através de guias e livros específicos. Os que dispensam esse preparo, acabam perdendo muito – tanto nas emoções do preparo quanto no aproveitamento do destino. 

Digamos que você e sua família estejam viajando à Paris, Nova York ou qualquer das principais cidades do mundo. Há tanto para ver em cada uma delas, que, sem fazer uma escolha prévia baseada em leitura (uma espécie de lista de feira para selecionar os ingredientes de um banquete), há grande chance de que todos acabem perdidos e insatisfeitos.

O melhor é que, numa segunda ou terceira incursão ao mesmo lugar, você poderá mudar os itens de sua lista, de modo que o mesmo lugar pareça totalmente diferente, ainda mais se esse destino foi conhecido antes de ter filhos ou até mesmo netos e agora retorna com a família inteira. 

Sim: visitar é bom e revisitar é ótimo. Os lugares mudam com o clima, os ventos, a vegetação e os aromas. As cidades, as montanhas, as praias e os campos ganham novas cores e sempre – porque o céu e a luz são outros em cada momento do ano – parecem diferentes e renovados.

Nunca marque um lugar como “já visitado”, porque ele sempre estará à sua espera de cara nova. Há gente que, por passar duas horas em Florença, por exemplo, durante uma excursão de ônibus, considera encerrada a sua relação com uma das cidades mais importantes da história humana, berço do Renascimento. É um erro. Esse tipo de excursão, como se sabe, é apenas uma espécie de antepasto para as viagens que virão mais tarde. Quem delas participa estabelece, apenas, um primeiro contato com os lugares pelos quais passa, de modo a decidir-se para quais deles voltar numa jornada mais intensa. 

De todas as formas, contudo, viajar com quem você gosta sempre faz bem: fortalece relacionamentos, gera cumplicidade e memórias que serão compartilhadas para sempre. 

Ao optar por sua casa de férias, o reconhecimento do lugar, dos vizinhos e amigos tem enorme valor. Mas, como se sabe, trata-se de um momento mais relaxado, cujo objetivo é o descanso.

Há mais tensão, é evidente, no ato de avançar fronteiras afora, frente a frente com o desconhecido. Por outro lado, é essa tensão ligada ao que é novo e inexplorado que dá mais intensidade e mais sabor à experiência – além, é claro, do conhecimento que se acumula, conforme mencionado acima.

Diante de tudo isso, tenha certeza de que a única alternativa que não agrega valor é usar o pouco tempo que você e sua família têm para estar juntos e livres de compromisso para ficar em casa. Os mesmos programas de televisão; os mesmos videogames de sempre. O velho sofá encardido de pipocas.

Seja para onde for, saia de casa e da mesmice. Não há apenas um planeta inteiro para vasculhar. Mais que isso, há uma infinita quantidade de valores que o ato de viajar vai despertar em você mesmo.

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