Family Trip Magazine

A incrível beleza de viajar em família

Aproveite: o mundo é o lugar certo para você entender, encantar-se e aprender

Por Ronny Hein

Pense no mundo que existe ao seu redor. Que vai além de sua rua, sua cidade e do seu país. Pense na Terra – um pequeno planeta do Sistema Solar que tem 150 milhões de quilômetros quadrados, sem contar nenhum dos oceanos. 

Você não precisa ter a escritura, nem a propriedade de nada disso.

Cada pedaço dela é uma extensão de seu próprio quintal. É seu direito conhecê-la, pedaço por pedaço. Sim, a tarefa é árdua, mas é, também, o melhor que se pode fazer na vida. Uma máquina de conhecimento. Só quem viaja mais, aprende mais: sobre geografia, história, hábitos, costumes, gastronomia… só para mencionar algumas matérias que vão enriquecer a sua existência e, desde cedo, despertar esse olhar em seus filhos.

Há, porém, um pré-requisito fundamental. Viaje com a alma vazia. Dispa-se de preconceitos e, de coração aberto, entenda porque os povos, por exemplo, vestem-se com roupas distintas, comem pratos diferentes, têm outras ideias e sonhos. Não são piores que as suas: são diferentes – e é com a diferença que a gente aprende o que é a verdadeira tolerância. 

O viajante, de forma geral, é um ávido curioso. Mas ele não chega a lugar algum sem ter informações prévias. Sem ler guias e livros e preparar-se com carinho. Aliás, a verdadeira viagem começa aí, junto com o sonho e a expectativa.

Não se pode esperar, contudo, que todos os que buscam conhecer o mundo comportem-se desse jeito. Há quem prefira relaxar numa praia, ir a um resort com a família, fazer a festa num cruzeiro animado ou conhecer um parque de diversões.

Tudo isso é experimentar sair de casa e expor-se a novas sensações, ampliar horizontes, conhecer gente nova e fazer da própria vida uma experiência mais completa.

Viajar com a família é outro tipo de aprendizado. Não há nada melhor. É o momento especial, em que pais e filhos reúnem-se em torno de um interesse único. O melhor tipo de aproximação. De forma geral, quando se está em território pouco conhecido, as famílias enxergam o valor da união, a importância da segurança e, claro, há sempre novas histórias e informações para partilhar.

Aprender viajando é, também, um ato de humildade. Se você passar três dias em Paris, nunca poderá afirmar que “conheceu” a França. Aliás, qualquer que seja o seu destino, sempre haverá mais a ver e saber sobre ele. Os lugares mudam com as estações do ano; mudam seus aromas, suas cores, suas brisas. Se você se apaixonar por algum deles – ou mesmo caso não tenha gostado nem um pouco – volte sempre. Dê uma nova chance, sempre, para aquela cidade onde só chovia e por isso te ofereceu uma cara feia. 

Seguindo a tese do conhecimento já mencionada, é ótimo saber que você aprende de novo a cada viagem, até mesmo com o que der errado ou as famosas “roubadas.” Jornadas em família (ou solitárias) são memórias permanentes e, quase sempre, únicas. Os anos vão passar e elas estarão sempre com você nas histórias que compartilhamos com amigos e família, sempre viajando de novo.

Outras dicas que os grandes viajantes costumam passar (baseadas na sua própria experiência): mergulhe no espírito do lugar onde você está. No Nordeste do Brasil, coma pratos nordestinos; na Europa, não vá em busca de restaurantes brasileiros, sob pena de prejudicar o sabor da sua jornada. Tenha, sempre que possível, a companhia de uma pessoa (profissional ou amadora) que facilite seus caminhos. 

A contradição é que em alguns lugares, como Veneza, o melhor de tudo é se perder. Entre vielas, pontes e canais, você há de escapar do fluxo intenso de turistas e descobrir seus próprios cantinhos. Medo de não conseguir voltar? Não: Veneza é uma pequena cidade submersa e todos os caminhos levam ao Gran Canale ou ao Bacino de San Marco – que, se são nomes estranhos para você agora, depois da viagem estarão para sempre na sua memória.

 Preciso lhes dizer que já estive em 82 países (estive, não conheci) produzindo livros e revistas sobre os destinos. 

Sou o que alguns chamam de viajante profissional, o que não importa. Não coloco agulhas nos mapas mundi que tenho. Acho que viajar não é matemática ou estatística; é pura poesia. Quanto mais eu conheço, maior a minha necessidade de descobrir. Porque aquelas mulheres usam burcas? É claro que existe uma razão. Serão elas felizes assim? Por que não?  

Essa questão simples e centenas de milhões de outras vão surgir quando você estiver percorrendo uma estrada, vendo um vulcão, uma geleira, um cânion ou qualquer uma das maravilhas que estão à espera de sua visita, no quintal de sua casa – esse planeta de imensa diversidade geográfica, geológica e étnica.

As respostas a essas perguntas vão enriquecer toda a sua família, como vem fazendo com a minha há anos, criando pessoas mais tolerantes, abertas e interessadas no mundo que as cerca.

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