Family Trip Magazine

De Ilhabela para muitas cozinhas

A chef Renata Vanzetto tem restaurantes em São Paulo e em Ilhabela, onde foi criada. Mãe do Ziggy e do Max, dá dicas para visitar o lugar onde passou a infância

Renata Vanzetto teve sucesso instantâneo. Quando abriu, aos 17 anos, seu primeiro restaurante, o Marakuthai, em Ilhabela, no Litoral Norte paulista, onde foi criada, chamou a atenção logo de cara. Tanto assim que, já naquele ano, foi premiada como Chef Revelação pelo criterioso Guia Quatro Rodas. Um ano depois, Renata subia a serra para inaugurar filiais da casa em São Paulo.

De novo, o sucesso foi tamanho que a chef se viu inclinada a abrir novos restaurantes, com outros conceitos. Antes disso, estagiou na Europa em restaurantes estrelados, incluindo o Noma, do premiadíssimo dinamarquês René Redzepi, em Copenhague. Hoje, aos 32 anos, Renata está à frente de nada menos que nove casas, que vão de lanchonete a buffet. Todas têm nomes divertidos, como Miado e Muquifo. “Quero que sejam, antes de tudo, lugares descontraídos, jovens, gostosos de frequentar”, explica.

Casada desde 2017 com o arquiteto e empresário Cassiano Monjardim, a chef é mãe de três crianças: Ziggy, de cinco anos, e Max, de dois e Suri de alguns meses. Costuma viajar com elas para o Litoral Norte.

Nesta conversa com Family Trip Magazine, Renata fala sobre o melhor de Ilhabela, conta um pouco de sua trajetória e dá dicas para viajar com as crianças.

Você é paulistana, mas passou a infância e a juventude em Ilhabela. Como foi isso?
Meus pais queriam melhor qualidade de vida. Daí que mudamos para a ilha quando eu tinha pouco mais de um ano. A família gostou tanto que, pouco a pouco, os outros familiares também se mudaram para lá. Tive uma infância caiçara, com muita praia e cachoeira. Nada melhor.

Ainda costuma ir à Ilhabela?
Sim. Até hoje minha família mora lá. Além disso, tenho um restaurante na ilha, o Pescadora. Mas vou menos, em virtude dos negócios em São Paulo.

O que é o melhor da ilha?
A beleza, claro. A natureza está preservada, com o mar muito próximo das montanhas. Uma linda paisagem. Um grande ponto a favor em relação a outros lugares do Litoral Norte é que a ilha já tem uma infraestrutura bem desenvolvida. Conta agora, por exemplo, com boas escolas.

Que lugares de Ilhabela destacaria?
Castelhanos e Bonete são praias já bem conhecidas. Mas permanecem lindas. A Praia do Jabaquara, que também é belíssima, agora tem um bar bastante agradável. E claro que recomendo o meu restaurante (risos).

Que outros restaurantes?
O tradicional Viana. É famoso pela casquinha de camarão. Vou também ao Brasa, de carnes. Muito bom! Recentemente, um francês mudou-se para a ilha e montou uma casa que não é bonita. Longe disso. Fica, por sinal, em uma rua nada turística. É o Le Blé D’Or, uma doceria simplesmente fantástica.

Aonde você vai em Ilhabela com as crianças?
Ao Bar de praia Manapani, no Saco da Capela. Tem ótima estrutura para as crianças, com parquinho e tudo. Até empresta brinquedos para elas brincarem na areia.

Você começou a cozinhar muito cedo, não?
Ainda bem pequena, já ficava admirando minha avó cozinhando. Fui autodidata. Só mais tarde fiz estágios em grandes restaurantes da Europa. Antes disso, abri, aos 17 anos, o Marakuthai, em Ilhabela, com minha mãe, meu pai e minha tia. O nome veio da influência da cozinha tailandesa. Dali inauguramos filiais em São Paulo, nos Jardins e no Itaim-Bibi. A ideia era fundir a cozinha caiçara com a tailandesa, mas tudo de uma maneira despretensiosa, informal. Deu certo.

Por que vendeu o Marakuthai?
Não tinha mais tempo para supervisioná-lo. Estava envolvida em vários outros projetos.

Hoje você tem nove restaurantes e um buffet. São bem diferentes entre si?
Sim, o meu barato é criar projetos com identidades próprias. É o que gosto de fazer. Cada um segue um conceito. Ainda assim, há um denominador comum: são informais, jovens. A ideia é que sejam, antes de tudo, lugares legais, gostosos de frequentar.

E como administrar tantos negócios ao mesmo tempo?
Tenho diversos sócios. Cada um cuida de uma parte. O escritório é grande. A equipe, idem. Só assim posso me dedicar com intensidade à culinária de cada casa.

Você pode resumir o conceito de cada uma delas?
Claro. No Muquifo o cardápio é mais paulista, mais familiar. Serve pratos como massas e até estrogonofe, que as crianças adoram. O Pescadora tem uma pegada mais praiana, com muitos frutos do mar. Já o Ema se destaca por uma cozinha mais criativa, mais autoral. O MeGusta, por sua vez, é uma casa de comidinhas, com influências peruanas e mexicanas. No Miado elas são asiáticas, enquanto o Matilda oferece lanches criativos. É uma lanchonete, mas bem diferente. O é uma taberna. O mais recente é o Mico, de cozinha árabe.

Para onde você viaja com as crianças?
Para Ilhabela e Camburi, também no Litoral Norte Paulista, onde temos casas de veraneio. A próxima viagem com as crianças será para um resort de praia, o Carmel Taíba, a 75 quilômetros de Fortaleza, no Ceará.

O que é mais importante numa viagem com crianças?
Em primeiro lugar, a logística para chegar. Não dá para enfrentar horas de avião, depois de carro e de barco. É muito perrengue. Em segundo, o lugar precisa ter alguma infraestrutura. E, claro, atrações para crianças, ainda que não sejam só para elas.

Serviços

Conheça o Grupo EME, composto pelos diferentes restaurantes Ema, Me Gusta, Mé Taberna, Muquifo, Matilda, Mi.Ado e Mico. Todos comandados pela Chef Renata Vanzetto.
Conheça Pescadora, Cozinha do Mar em Ilhabela

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