DIA da AMAZÔNIA: 4 maneiras de ajudar a manter a floresta de pé
O Dia da Amazônia existe num contexto de emergência climática e de incessantes ameaças que devastam a maior reserva biológica do planeta
Por: Redação
Instituído desde 2007, o Dia da Amazônia fez-se uma data de grande importância, num contexto de emergência climática e de incessantes ameaças que devastam a maior reserva biológica do planeta. Na luta contra o desmatamento; a grilagem de terras públicas; o garimpo ilegal e o avanço agropecuário estão os esforços de órgãos de proteção ambiental, instituições públicas e privadas, além da sociedade civil.
Também, uma data a qual celebramos toda a diversidade natural, e também sócio-cultural que envolve este precioso bioma: 60% do território nacional, quase 25 milhões de brasileiros habitam a Amazônia Legal. Um chamado a buscar entender toda esta dimensão, e a contribuir – cada um à sua maneira – para a preservação da Floresta e o bem-estar de seus povos. Conheça quatro delas:
Focar na Educação
Principal pilar para a prosperidade da Amazônia – uma vez que são as gerações futuras que enfrentarão o momento mais crítico deste contexto de depredação crescente – é garantir a educação básica e de qualidade na região amazônica. Na cidade de Novo Airão, Amazonas, a Fundação Almerinda Malaquias, organização não governamental criada no ano 2000, vem atuando como centro de educação ambiental para crianças e jovens entre 6 e 17 anos, com o objetivo de prepará-los para protagonizar alternativas ambientais, gerando ideias de como manter esta floresta de pé. Num espaço amplo e totalmente integrado ao verde, acolhe 160 crianças no contraturno escolar, e conta com infraestrutura de salas de aula, centro de eventos, cozinha e refeitório para realizar atividades multidisciplinares.
Uma extensão deste trabalho, o projeto Educação Ribeirinha atua na construção e reforma de 25 escolas de comunidades isoladas neste mesmo município. O objetivo do programa é prover ensino de qualidade, melhorar a infraestrutura das escolas e casas de apoio ao professor, incluindo a implantação do sistema de energia solar, internet, cozinha para preparo da merenda e a construção de sanitários e fossas. À cargo da concepção das unidades, o projeto de bioarquitetura do Atelier Marko Brajovic que busca integrar a construção ao entorno natural da floresta e seus signos culturais. Ao lado das secretarias de educação municipal e estadual, a Fundação Almerinda Malaquias dá o apoio pedagógico em treinar e capacitar o corpo docente, além de promover o intercâmbio entre os professores ribeirinhos e da ONG.
Consumir o Artesanato Sustentável
Ainda em Novo Airão, no Amazonas, a Fundação Almerinda Malaquias oferece também formação e capacitação profissional por meio do artesanato em marchetaria, no reaproveitamento de madeiras descartadas da construção naval: móveis, utilitários, peças decorativas, e miniaturas de bichos da fauna amazônica compõem o catálogo de produtos – além de itens de reciclagem de papel e sabonetes na oficina das mulheres. Cerca de 40 famílias dedicam-se a este ofício, que lhes garante renda fixa. A oficina abriga maquinário completo – das estufas de secagem da madeira às serralheiras – além de uma ampla e bonita loja que funciona como um showroom onde os visitantes se encantam pelas suas criações exclusivas e originais.
Loja física: Rua Ajuricaba, 128, Novo Airão, AM. Aberta de segunda à sexta-feira, das 7:30h às 12h e 13:30h às 17:30h. Finais de semana e feriados, das 8:30 às 17h.
Acesse a loja online Almerinda Malaquias
Apoiar a Conservação
A floresta amazônica é o maior abrigo de biodiversidade do mundo, com 30 milhões de espécies de seres vivos, sendo 180 só de mamíferos em risco de extinção. Com viés na conservação, o Projeto Bicho de Casco, liderado pela Associação de Artesãos do Rio Jauaperi (AARJ), atua há quase duas décadas na proteção das quatro espécies de quelônios ameaçados na bacia do Rio Negro e afluentes: iaçá, irapuca, tracajá e tartaruga-da-Amazônia. Na luta contra o tráfico ilegal, uma força-tarefa movimenta sete comunidades, com fiscais e voluntários que monitoram oito zonas de desova do rio Jauaperi, afluente do Rio Negro. Com orçamento anual estimado entre 70 a 80 mil reais, para suprir os serviços da equipe de vigilância, obter combustível, entre outras demandas, as doações possibilitam manter esta operação e a garantir a sobrevivência de 5 mil quelônios, soltos em segurança na natureza. Saiba mais aqui.
Instagram Associação de Artesãos do Rio Jauaperi: @AARJ_Extrativista
Praticar o Ecoturismo
A 180 quilômetros de Manaus por via terrestre, Novo Airão é a porta de entrada para explorar as maravilhas naturais do Parque Nacional de Anavilhanas – o segundo maior arquipélago fluvial do mundo, com mais de 400 ilhas, no Rio Negro. O município de 38.000 km2 tem 85% da área física pertencente a algum tipo de Unidade de Conservação: Parques Nacionais, Parques Estaduais, Reservas Extrativistas e APAS (Áreas de Proteção Ambiental). Não à toa, se tornou uma referência no desenvolvimento do ecoturismo na Amazônia. Em parceria com as populações ribeirinhas e indígenas que oferecem serviços turísticos de base comunitária, empresas como a Expedição Katerre e o hotel Mirante do Gavião Amazon Lodge, no Rio Negro e afluentes, contam com estes profissionais a garantir o expertise local nas atividades de incursões pela selva, trilhas aquáticas pelos igarapés e matas de igapó, focagem de espécies da fauna amazônica e incentivo à produção de artesanato. As empresas asseguram uma taxa de visitação, que auxilia na manutenção de sua estrutura destas comunidades e bem-estar de seus moradores.
#DicaFamilyTrippers: Amazônia em família: roteiro por um mundo gigante