Family Trip Magazine

Inclusão do Bem

No Brasil e nos EUA, há cada vez mais estruturas com certificados com o selo para receber visitantes com TEA (Transtorno do Espectro Autista)

Por Nathália Hein

Um dos movimentos mais legais do setor de turismo é o de rever conceitos para, cada vez mais, incluir pessoas com deficiências e transtornos. No Brasil, estima-se que há mais de 2 milhões de pessoas (cerca de 1% da população) dentro do espectro autista. Tendo em vista oferecer cada vez mais possibilidades para esse público, que requer atenção e serviço especial, diversos empreendimentos já estão capacitados para receber com tratamento diferenciado. O mesmo já acontece também em diversos parques e complexos fora do Brasil. 

Em 2018, na Filadélfia, o Sesame Place, do grupo SeaWorld, foi o primeiro parque temático do mundo a receber o certificado do centro de autismo. Depois disso, outros complexos de entretenimento seguiram o exemplo, que consiste em capacitar funcionários e ambientes para receber e lidar com visitantes com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Em 2019 o mesmo selo foi concedido pelo Conselho Internacional de Padrões de Credenciamento e Educação Continuada (IBCCES) ao Aquática, em Orlando, que se tornou o primeiro parque aquático no mundo capacitado para receber esse público, seguido pelo Discovery Cove e pelo SeaWorld, todos do mesmo grupo. Dentre as atrações diferenciadas, há a “sala do silêncio”, ambiente onde as crianças podem desfrutar de momentos de tranquilidade. Há, ainda, piscinas com pouco estímulo sensorial, também mais aprazíveis para crianças autistas. Os brinquedos também são classificados por um guia sensorial de 1 a 10 pelos estímulos de toque, gosto, som, cheiro e visão para que os pais decidam quais são recomendadas ou não, dependendo das sensibilidades das crianças. 

No Brasil, o Hot Beach, de Olímpia, detém, há três anos, o Selo de Empresa Amiga do Autista Responsabilidade Social e foi o primeiro parque aquático no Brasil a conseguir tal distinção. Uma vez no lugar, caso seja desejo dos pais informar sobre a condição da criança, ela recebe uma pulseirinha branca para facilitar a identificação e os cuidados. Caso não seja vontade identificar, vale saber que toda a equipe é treinada para atender esse público com cuidado e carinho. “Senti que meu filho foi acolhido nos Hot Beaches. Tanto o tratamento quanto a estrutura do parque, com acesso prioritário, espaços adaptados e muita segurança”, conta Gabriela Lima, mãe de Felipe, 6 anos, portador de TEA. 

Também já estão adaptados e assegurados para receber o público autista no Brasil: o novo parque Acqualinda em São Paulo, o Parques da Serra Bondinhos Aéreos, em Canela; o Beach Park, em Fortaleza; o Beto Carrero World, em Penha, o Parque da Mônica em São Paulo, o Aquário do Rio de Janeiro entre outros parques e até resorts, como o Cana Brava em Ilhéus

Um dos grandes destaques nos programas de inclusão é do grupo Beaches, rede de resorts no Caribe. Com o intuito de receber famílias de forma sempre confortável e carinhosa, a rede hoje conta com um Kids Camp “Autism-Friendly”, cujo grande diferencial é o fato de estar totalmente preparado para receber crianças com esse tipo de condição, sendo a primeira empresa de resorts do mundo a concluir o rigoroso treinamento IBCCES e obter Certificado de Autismo. A inclusão comporta desde os monitores, amplamente treinados, as atividades, que incluem competências como habilidades motoras, consciência sensorial até a gastronomia, adaptada conforme o gosto ou necessidade da criança. E, novamente, a turma do Sesame Place tem parceria com o grupo e oferece shows, encontros com personagens e mais inclusão com a figura da Julia, boneca que tem autismo e faz as coisas do seu jeito. 

Outra novidade é que alguns aeroportos do mundo também já contam com a certificação e espaços criados especialmente para pessoas com TEA, caso do Aeroporto de Shannon, na Irlanda, onde há uma sala sensorial para estimular e acalmar pessoas com desafios no desenvolvimento neurológico. O mesmo acontece nos aeroportos de Myrtle Beach, na Carolina do Sul, em Hartsfield-Jackson, em Atlanta e na Georgia e no Aeroporto de Heathrow, em Londres (no Terminal 3).

É importante perceber como essas inclusões estão sendo feitas com qualidade. Uma forma de pais com crianças com TEA viajarem com mais segurança e confiança, certos de que vão passar um ótimo momento juntos.

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