Finanças em Foco

O beabá do Câmbio e as novidades do mercado que facilitam a viagem

Conheça os novos cartões e contas que facilitam e barateiam o câmbio de moedas estrangeiras em viagens internacionais

Por Ana Gelis

É comum surgirem dúvidas de como fazer câmbio de moedas na hora de planejar a viagem para o exterior. Para fazer uma operação favorável ao bolso, é importante entender como funciona a troca das moedas nacionais pelas estrangeiras. Esse é um ponto importante principalmente quando pensamos no dinheiro em espécie, que é essencial para pagar pequenas despesas no país de destino, como o bilhete de metrô, alimentação, transporte, entre outros.

Para não ter dúvidas na hora de organizar a viagem, é importante entender o que é câmbio, como funciona e onde fazer a troca.

O que é o câmbio?

Antes de abordar sobre como fazer câmbio de moedas, é importante explicar o conceito de câmbio. Ele é o nome dado para as transações de compra, venda e troca de moedas estrangeiras, no âmbito comercial e de turismo.

Ou seja, como cada país tem a sua própria moeda (no caso do Brasil é o Real, nos Estados Unidos, o Dólar e assim por diante), é importante fazer a troca quando se vai viajar para algum destino internacional.

Essa troca chama-se câmbio e é regulamentada e supervisionada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central (BC). As operações mais comuns são:

Câmbio para turismo

Acontece quando vamos viajar para o exterior e compramos a moeda desse destino. Além do dinheiro em espécie, é possível adquiri-la de outras formas, como cartões. Lembre-se de se certificar de que a instituição de onde está comprando é autorizada pelo Banco Central.

Taxa de câmbio

A taxa de câmbio nada mais é que o preço da moeda estrangeira em comparação à moeda nacional. Ou seja, quanto vale o real perante o dólar, por exemplo.

São diversos os tipos de taxa de câmbio, mas os mais populares são:

Câmbio fixo: é um instrumento de política econômica que fixa a taxa de câmbio. Geralmente, é utilizada uma moeda estrangeira, que costuma ser o dólar. Ou seja, as taxas são congeladas. Assim, a moeda permanece com o mesmo valor por um determinado tempo.

Câmbio flutuante: é um regime cambial em que o valor das moedas se movimenta de acordo com a oferta e demanda do mercado. Assim, a cotação das moedas varia para cima ou para baixo com grande frequência.

Alguns fatores que a influenciam são:

Taxas de importação e exportação;
Políticas monetárias;
Taxas de juros internas e externas.

Em outras palavras, no câmbio flutuante, a moeda passa a valer o que os compradores (países estrangeiros) estão dispostos a pagar.

Como fazer a troca da moeda nacional por estrangeira?

No geral, são três formas de fazer a troca de moedas: em dinheiro, cartões de débito ou transferência bancária (apenas para valores acima de R$10 mil).

Independente de qual seja o intermediário, é importante lembrar que será cobrada uma taxa de serviço. No Brasil, a taxa de câmbio é flutuante, então é preciso reservar um dinheiro extra e monitorar qual é o melhor dia para efetuar o câmbio.

Os intermediários para fazer a troca são:

Aeroportos

Podemos encontrar balcões de câmbio de moedas estrangeiras dentro dos aeroportos. Além da troca, eles permitem revender a moeda que você não utilizou durante a viagem. Porém, ao fazer essas transações no aeroporto, você paga taxas mais altas e pode sair perdendo um valor considerável na negociação.

Agências

As agências costumam ter disponível para a troca as principais moedas estrangeiras. Porém, é interessante entrar em contato com antecedência para reservar o dinheiro em espécie.

Bancos

O câmbio em agências e bancos acontece de forma muito parecida. O interessante é que, durante a pandemia, em que as viagens diminuíram drasticamente, surgiu uma nova classe de cartões – os de débito internacional de contas internacionais.

Alguns bancos com essa modalidade são os bancos digitais BS2 GO, C6 Conta Global, Inter, Nomad e Wise. Essa novidade é vantajosa para os viajantes, porque os cartões oferecem:

IOF igual ao do dinheiro vivo (1,1%);
Spread baixo: 2%;
Compras online facilitadas;
Perda da necessidade de ir a casas de câmbio;
Possibilidade de fazer poupança para viajar.

Ou seja, você deposita uma quantia em real (R$) na sua conta e ela é convertida para a moeda do país em que você precisa, assim você pode usar o cartão como cartão de débito no destino. Isso traz mais praticidade para você organizar a sua viagem porque você pode ir se programando e comprando moeda estrangeira sempre que ela estiver em baixa. E, quando a viagem chegar, você não precisa se preocupar com levar e trocar dinheiro: você vai pagar os seus gastos com o seu cartão, como se fosse um local.

Por outro lado, assim como todas as outras opções de câmbio, os cartões internacionais têm pontos positivos e negativos que variam de acordo com a instituição escolhida. Por isso, é interessante ler com atenção o contrato para escolher a empresa que disponibiliza as maiores vantagens para você e sua família.