Family Trip Magazine

Depois da pandemia, como ficam os seguros-viagem

Ainda há dúvidas e mudanças a vir. Mas esteja atento para viajar mais protegido daqui para frente

Por Denise Bobadilha

Todo mundo conhece uma história assim. Aquele dia lindo de sol no paraíso arruinado por uma dor de  garganta ou febre alta – e a família se despede do parque. Imprevistos de saúde acontecem em viagens e podem atrapalhar momentos planejados durante meses. Como não se pode lutar contra o imponderável, ter um seguro saúde ao menos garante um desconforto a menos: a dor de cabeça de lidar com o sistema de saúde fora de sua casa (e às vezes num idioma que você não domina).

Com a pandemia da Covid-19, praticamente todos os destinos fora do Brasil exigem o comprovante de um seguro saúde contratado antes de entrar no país. A partir de 2021, a maior parte dos serviços passou a incluir cláusulas relativas à cobertura em caso de infecção por Covid-19, dispensando a cobertura extra.

A pandemia também ressaltou um outro aspecto do seguro-viagem: mudanças de última hora e cancelamentos ficaram mais comuns e podem estar incluídos em apólices.

Como escolher

Operadoras de cartão de crédito, seguradoras, bancos e planos de saúde oferecem planos de assistência e seguro-viagem. Portanto, vale checar quais coberturas você já possui automaticamente. 

Usuários dos planos de saúde premium já têm o seguro-viagem incluído no plano. São eles quase todos os planos da Omint; a linha Amil One; algumas linhas das Sul América, Bradesco e NotreDame. Os usuários só precisam comunicar o plano antes de viajar, informando data da viagem e destino. 

No caso de cartões de crédito, portadores de cartões Platinum e acima também podem contar com a assistência de saúde. As bandeiras Visa e Mastercard oferecem a cobertura – mas, em geral, exigem que as passagens aéreas tenham sido adquiridas com o cartão e que o Bilhete de Seguro seja emitido antes da viagem, pelos respectivos sites. A cobertura vale para o  titular, cônjuge e filhos até 23 anos, por viagens de até 60 dias. 

Quem não conta com a cobertura do plano de saúde ou do cartão de crédito pode comprar o seguro saúde em operadoras como Assist Card (com todos os planos com cobertura para Covid-19),  Allianz Travel, Bradesco, Sul América e Universal (antiga Travel Ace). Planos familiares costumam oferecer descontos interessantes.  Por fim, uma outra opção é combinar a compra de moeda estrangeira com a contratação do seguro-viagem. Operadoras como Banco Daycoval e Confidence Câmbio oferecem descontos dependendo da combinação de valor adquirido em moeda e plano de seguro.

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O que verificar

Atendimento de emergência, internação, medicamentos e traslados médicos estão em todas as apólices, variando o valor mínimo da apólice. 

Alguns serviços oferecem reembolso de gastos após o uso, o que pode acontecer horas (estorno) ou semanas depois do uso. Além do tipo de cobertura e do item Covid-19, veja se o seguro cobre também emergências odontológicas e serviços como perda de bagagem e overbooking de avião ou hotel. Detalhe importante: viagens que envolvem prática de esportes como esqui, surfe e snowboard, entre outros, podem exigir uma cobertura extra. Também há preços diferenciados para cruzeiros e para viajantes gestantes.

Quanto vai custar

Os valores variam de acordo com duração da viagem, geografia e idade dos viajantes. Uma viagem para Europa de 10 dias no início de 2022 pode custar entre R$ 200 a R$ 600 por adulto por todo o período, por exemplo. Já uma família com dois adultos e duas crianças, pelo mesmo período, tem um desembolso mínimo em torno de R$ 1.600. É bom reforçar: mesmo a mais básica das coberturas é indispensável – aliás, como já dito no início deste texto, obrigatória na maioria dos países. Na Europa, entre os países que fazem parte do Tratado de Schengen, a cobertura mínima é de 30 mil euros.

Como usar

Como todo seguro, a gente compra esperando não precisar usar.
Mas esteja pronto para usar: baixe o aplicativo da operadora antes de sair de casa. Anote o telefone de emergência do seguro em mais de um local, à mão. Imprima a apólice.

Em caso de emergência, ligue para o seguro antes de procurar o atendimento (se possível, obviamente). Os serviços atendem 24 horas por dia, sete dias por semana, e contam com atendentes que falam português.
Com o número de sua apólice, o atendente já terá em mãos o tipo de serviço ao qual você tem direito e pode orientá-lo sobre qual hospital ou local de atendimento buscar.
Ou, ainda, enviar um médico para o seu endereço.
Guarde todos os recibos e laudos gerados no atendimento, mesmo que você não precise desembolsar nenhum valor.

Serviços

Por fim, uma dica de ouro: nunca saia de casa sem levar a farmácia básica da família, com os principais remédios,
sobretudo aqueles indicados pelo pediatra, com as devidas receitas. Nem sempre é fácil adquirir medicamentos no exterior,
e a bolsa de remédios pode evitar um transtorno.

Dicas da Família Way do que não pode faltar na mala

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