Family Trip Magazine

O melhor do Caribe, nem mais nem menos

Turks & Caicos é, hoje, um destino ideal para famílias: tem uma infraestrutura pra lá de confortável e nem por isso está lotada de gente o ano todo

Por Walterson Sardenberg Sº

O Caribe é uma das melhores regiões do planeta para se viajar com crianças. O motivo? Muito simples: o mar sereno, sem ondas ou com ondas mínimas. Sim, péssimo para os surfistas. Mas ótimo para levar os pequenos. Tem mais: em virtude do calcário dos corais, as areias esquentam pouco por aqui. Quer dizer, os guris podem caminhar à vontade, sem sandálias. Fiquem à vontade.

E qual seria a praia caribenha ideal para se levar crianças? Anote: Grace Bay, no arquipélago de Turks & Caicos. OK, pouca gente comenta no Brasil. Mas foi eleita a melhor do mundo pelo insuspeito Alpha Travel Insurance, do Reino Unido, e está no topo também do Traveller’s Choice do site TripAdvisor. Aparece, ainda, entre as dez mais na votação dos leitores da chiquérrima revista americana Condé Nast Traveller

Pudera. São quase 5 quilômetros de areias imaculadas e finíssimas, diante de um mar transparente — e da cor dos olhos da eterna atriz Liz Taylor. Mesmo com a água até os ombros, você vê a cutícula dos dedos do pé. Não bastasse, Grace Bay acena com 350 dias de sol ao ano. E, de quebra, embora tão adorável, não lota jamais, em nenhuma época do ano. Há trechos mais movimentados, claro. Em especial, diante dos resorts. Nada, contudo, que atrapalhe se refestelar numa cadeira de praia e apreciar, das areias, as crianças brincarem no mar.

Beaches Resort Tuks & Caicos / Divulgação

Isso ocorre porque Turks & Caicos está naquele estágio ideal do turismo. Ou seja, nem mais nem menos. Já conta, sim, com uma estrutura de hotéis e restaurantes de primeiríssima linha, incluindo resorts com tudo incluído (até mesmo bons preços), como o Beaches, a 200 metros de Grace Bay, com excelente estrutura para famílias, incluindo parque aquático e personagens da Vila Sésamo. Mas, apesar desse arranjo feliz — e embora o arquipélago esteja incrustado a somente mil quilômetros de Miami —, ainda não atrai levas e mais levas de viajantes, como seus vizinhos República Dominicana (logo abaixo) e as Bahamas (bem pertinho, a leste). Por isso mesmo, Keith Richards, Bruce Willis e a estilista Donna Karan escolheram o arquipélago para montar seus refúgios. Aqui passam férias tranquilas, resguardados dos fãs.

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Turks & Caicos é um protetorado britânico desde o longínquo 1799, quando os ingleses anexaram o arquipélago. Isso explica a língua das nove ilhas habitadas (embora também se fale o creole e um pouco de espanhol), o gosto pelo críquete (esporte nacional) e a mão inglesa das ruas e estradas. Portanto, pense duas vezes antes de alugar um carro. O estranho nome também tem origem anglo-saxônica.

A dica para a família neste destino é aproveitar a tranquilidade e beleza incomparável do lugar para estreitar seus laços. Se as crianças forem pequenas, brinquem com elas na areia; se forem maiores, mergulhe nos corais. Gaste tempo conversando  ou simplesmente contemplando.  

Passe as fotos para o lado e veja atividades que podem ser feitas em família / Shutterstock

Turks se refere aos cactos locais, com formato assemelhado ao fez, o chapéu típico dos turcos. Acabou batizando o grupo de ilhas menores, à direita no mapa. Entre elas, Grand Turk, onde está encravada Cockburn Town, a capital, de só 5 mil habitantes, que ainda preserva a arquitetura vitoriana e elizabetana. Vale a pena visitar a Duke Street, a Front Street e, sobretudo, o Museu Nacional. Ao menos para ver a caravela espanhola do século 16. As crianças vão adorar.

Já Caicos designa o grupo de ilhas maiores. É na sua área que cintila a Grace Bay. A mais bela praia do mundo está encravada na ilha de Providenciales, onde moram 25 mil pessoas. Ou seja, a maioria dos 32 mil habitantes de Turks & Caicos. Aqui estão o maior aeroporto e os melhores resorts, como o luxuoso Amanyara, em estilo caribenho-balinês. 

O hotel tem um programa para crianças e adolescentes, o SEEK (Science Explorers and Environmental Keepers) feito com o Museu de Ciências local, onde as crianças aprendem sobre o ecossistema e a defesa da barreira de coral. Uma bela maneira de conscientizar os pequenos durante as férias.

Providenciales — ou Provo, para os íntimos — também tem dois cassinos (bem mais discretos que os de Las Vegas) e os restaurantes mais incensados de Turks & Caicos, contando aí o Fresh Catch, o Da Conch Shack com pé na areia, o Bugaloo’s Conch Crawl também na praia e Coco Bistro, que funciona com reserva. A comida tem influência britânica, of course. Mas não só. Tal como a maioria das ilhas caribenhas, o arquipélago também reúne graúdo contingente de negros, descendentes dos africanos escravizados. A mistura étnica rendeu temperos picantes aos pratos de garoupa, dourado (chamado de mahi-mahi, como na Polinésia Francesa), lagostas e sortidos moluscos marinhos.

No mais, resta lembrar que cada ilha tem seus encantos. Em Middle Caicos há impactantes cavernas, onde moraram os índios Taíno. Já South Caicos tornou-se um enclave para os amantes da pesca. Parrot Cay, por sua vez, tem um resort elegantíssimo do mesmo nome — e mansões de gente do jet set —, enquanto North Caicos transformou-se em chamariz dos turistas italianos. Em comum, as ilhas oferecem estupendos points de mergulho para descobrir juntos: seja autônomo com adolescentes ou o snorkeling com menores. A vida marinha e a visibilidade submarina podem não ser as melhores do mundo. Mas decerto estão na lista. 

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