Family Trip Magazine

Novo companheiro de viagem

O drone já não pesa na bagagem e garante fotos e vídeos fantásticos

Por Luiz Maciel

Você vai com a família para a Chapada Diamantina, por exemplo, e tem vontade de fotografar a Cachoeira da Fumaça lá de cima, mas sem precisar fazer a dura caminhada – de três horas! – que leva ao topo do morro de onde a água despenca. Vai a Jericoacoara e quer aproveitar a praia e as dunas sem ficar carregando uma câmera o tempo todo e pedindo para a família fazer pose. Até alguns anos atrás isso era um dilema – ou você se contentava em curtir as férias sem se importar com a má qualidade das fotos, ou consumia horas e horas em busca dos melhores ângulos para registrar as belas paisagens da viagem, apesar do protesto das crianças, cansadas de pegar tanta trilha. 

Video da Cachoeira da Fumaça feito por @pedroserra, fotógrafo e cinegrafista com drone Mavic Pro 

Já pensou em levar um drone em viagens assim, em que a maior atração é a natureza? Esse aparelhinho que começou a ser usado para substituir, com imensas vantagens, as tomadas cinematográficas feitas de helicóptero ou de imensas gruas, já deixou de ser, há vários anos, um recurso exclusivo de profissionais da imagem. Hoje é cada vez mais popular e pode ser operado por qualquer pessoa minimamente familiarizada com smartphones. É o gadget do momento.

Já existem drones menores do que uma câmera profissional, que pesam cerca de 200 gramas e têm 15 centímetros de comprimento. Cabem em qualquer canto de mala e custam a partir de R$ 2.500, bem menos do que um celular de grife, observa o diretor de TV Gabriel Hein, responsável pelo programa do chef Claude Troisgros no canal GNT. 

Gabriel usa drones por motivos profissionais há vários anos, “porque ajudam na escolha de locações e tomadas”, mas hoje carrega um para qualquer lugar que vá. 

Só é preciso estar atento às restrições de uso, avisa Gabriel. 

“A primeira regra é jamais acionar o aparelho nos arredores de um aeroporto ou de instalações militares. A segunda, sempre comunicar aos agentes alfandegários que está levando um drone na mala de mão e ser solícito se eles pedirem detalhes. Mostrar a nota fiscal de compra, o certificado da Anatel e o registro na Anac, que são obrigatórios. E explicar que não despachou o drone na bagagem mais pesada, porque ele correria o sério risco de ser danificado.”

Gabriel usa um modelo maior, que custa cerca de R$ 15.000, pesa 1,2 quilo e leva 15 minutos para ser montado. Viaja sempre com três baterias, cada uma delas capaz de sustentar 20 minutos de gravação. Para evitar contratempos, ele aconselha não elevar o drone a altitudes maiores do que 500 metros do chão e não fazer imagens de pessoas a menos de 30 metros de distância, sem ser autorizado por elas. Usar o drone para espionar residências também é proibido, além de ser de muito mau gosto.

Ele conta que a única vez em que foi abordado para explicar as imagens que estava fazendo foi num parque natural dos Estados Unidos. “O guarda florestal quis saber o que eu estava gravando e eu mostrei a ele. Sem maiores problemas”, conta.

Já quando se viaja em família para lugares onde as atrações naturais se estendem a perder de vista e, por isso, concentram poucos visitantes, a liberdade para o uso de drone é total. Na viagem que fez recentemente com a família para os Lençóis Maranhenses, por exemplo, o cirurgião plástico Alexandre Fonseca fez mais do que belas imagens – seria mais adequado dizer que gravou um curta-metragem com edição esmerada para dar uma ideia da imensidão desse lugar, único no mundo a reunir tantas dunas de areia entremeadas por lagoas de água doce. Acionado por um celular, o drone ora registrava amplas imagens abertas, ora dava zoom para mostrar os mergulhos da família na lagoa do Gavião – que, por ser uma das maiores do lugar, até merece um nome.

Como os produzidos em viagens anteriores da família, o filmete dos Lençóis Maranhenses, estrelado por Alexandre, pela mulher Eleonora e pelos filhos Enzo, de 14 anos, Allegra, de 12, e Massimo, de 9, logo viralizou nas redes sociais dos amigos da família. “Antigamente as pessoas costumavam realizar sessões de slides para mostrar aos amigos como foi a viagem. Hoje o drone faz isso muito melhor, e de um jeito muito mais fácil”, comenta Alexandre.

“Antigamente as pessoas costumavam realizar sessões de slides para mostrar aos amigos como foi a viagem. Hoje o drone faz isso muito melhor, e de um jeito muito mais fácil”, comenta Alexandre.

Serviços

Como escolher seu drone:

Há várias marcas e tipos de drones no mercado, a maioria fabricada na China. Entre os modelos mais simples e baratos – recomendáveis para iniciantes – estão o Fênix Multilaser, o E88 Pro da Tynctway, o DJI Tello, o Eachine E520S e o Intrude Candide.

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